Harlow fez uma experiência com macacos criados por duas mães artificiais: uma, feita de arame, com um biberão onde os bebés se alimentavam; outra, revestida de material felpudo, que proporcionava contato agradável aos macaquinhos com o objetivo de verificar o papel da vinculação oposto à satisfação das necessidades alimentares.
Harlow verificou que os macacos estabeleciam um vínculo com a "mãe de veludo", procurando o conforto que a "mãe de arame" não lhe podia dar. A "mãe de arame" proporcionava alimento enquanto que a "mãe de veludo" proporcionava proteção, contribuía para a conquista da autonomia e para a perda de medo em relação a aventuras exploratórias. Também se verificou que quando se tornavam adultos, os que tiveram contato com a "mãe de veludo", futuramente tiveram mais facilidade em socializar com outros macacos, enquanto que os que só tiveram acesso à "mãe de arame" apresentavam medo, nervosismo ou mesmo agressividade e não tinham tanta facilidade em se relacionarem com outros macacos.
Na nossa opinião, a experiência de Harlow foi fundamental na compreensão da necessidade que os bebés humanos têm de criar laços afetivos com a mãe ou com outra pessoa que cuide dele, de modo a poderem interagir com os outros e aprender a viver em grupos sociais, sendo a única diferença entre o homem e o macaco os modos de organização social.